sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Tempo de avaliação

Queiramos ou não, final de ano nos obriga a avaliar não só as nossas ações pessoais, as de caráter particular, bem como as de cunho profissional.
Nesse ofício de professor nos enchemos das melhores expectativas ao se iniciar cada ano letivo e estas vão se amofinando, vão murchando, vão minguando à medida que o tempo passa e nos deparamos com o fracasso de nossos alunos.
Alguns de seus progressos são perceptíveis somente para nós, professores, mas não são mensuráveis objetivamente, porque fazem parte do desenvolvimento subjetivo de cada um .
Outras aprendizagens ,mais perceptíveis ,como alcançar proficiência em leitura e escrita, por exemplo, nos frustram , pois às vezes a evolução alcançada pelo aluno é tão pequena, a mudança percebida entre aquilo que já dominava e o que passou a dominar, após um ano de trabalho, nos parece tão insignificante ,diante do que esperávamos ,que só nos resta lamentar e tentar buscar de quem foi a culpa. Quanto trabalho, quanta expectativa, quanto desgaste do aluno, do professor e dos pais, diante de uma página cheia de incoerências, de inadequações, de falta de percepção do significado do ler e do escrever.
O que fazer? Não há tempo para mais nada. O que deu errado? Por que não houve a aprendizagem esperada?

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