segunda-feira, 30 de maio de 2011

Quando Tudo Dá Certo

Hoje fiz uma reunião com os pais dos meus alunos que me deixou realizada! Pela primeira vez, após 16 anos de magistério, alcancei quase 100% das presenças dos pais, durante a reunião.
Pais e filhos juntos, no mesmo ambiente.
A ideia foi a de fazer do encontro um momento de alegria, de comemoração dos sucessos... Deixei de lado as lamúrias, as reclamações a respeito dos alunos indisciplinados, o destaque dos alunos que não se saíram bem nas avaliações trimestrais, deixei de lado o gasto de energia com o aluno que ainda não compreendeu por que se vai à escola...
Resolvi premiar os alunos responsáveis, com medalhas de "Honra ao Mérito". Ao todo 13 alunos receberam-nas.
Seus pais ficaram surpresos e orgulhosos ao mesmo tempo.
Relatei todo o processo desenvolvido em sala de aula com os alunos, desde o mês de fevereiro. Expus os projetos desenvolvidos com o objetivo de criar vínculos afetivos entre os alunos; criar responsabilidades quanto aos estudos; criar o espírito colaborador entre todos durante as aulas.
Os resultados estão aparecendo e são muito bons. Estou orgulhosa de mim mesma e de meus alunos.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Professora Guerreira

Parabéns, Amanda! Você lavou a nossa alma! Segura, objetiva, sintética e irrefutável. Em poucos minutos você descreveu o nosso caos. No momento certo, para as pessoas certas você conseguiu a síntese dos 511 anos de problemas educacionais vivenciados por nós professores e ignorados por todos, sem exceção.
Num momento importante, quando a Educação está na pauta da grande mídia nacional você conquistou um espaço de fala jamais sonhado pelo mais otimista dos otimistas defensores do ensino público e/ou privado do país.
Penso que enquanto não conseguirmos que o tema educação seja "banalizado" no bom sentido, caindo na boca do povo, na conversa do bar, do salão de beleza, das ruas, não encontraremos as saídas´para esse impasse que é o nosso ensino fundamental, médio, superior, técnico e pós, pós, pós...
Precisamos inventar um sistema de ensino que tenha a nossa cara; que nos represente no que somos e no que temos de cultura, de demanda social, de ideais políticos e filosóficos.
Precisamos inventar o nosso jeito de ensinar; a nossa metodologia, o nosso currículo sem que estes sejam cópias da última moda vinda de fora.
Até o momento, desde o Brasil Colônia, copiamos os sistemas de ensino dos outros;macaqueamos suas metodologias, imitamos seus currículos e não persistimos em nada. É por isso que nada deu certo até agora.
Salário correspondente ao de outros profissionais com formação superior; escolas funcionais e equipadas; professores em tempo integral em cada unidade de ensino do país - com tempo de regência e tempo de estudo e de planejamento remunerados e na mesma escola; currículo mais enxuto, objetivo e adequado à cada faixa etária do alunado brasileiro já seria um bom começo de caminho.
Dez por cento do PIB nacional carreados para a manutenção desse sistema nacional de ensino e toda a sociedade mobilizada em prol da educação em todos os níveis  - do Infantil ao Superior.
Isso é utópico?! É sonho?!
Penso que não. Isso é perfeitamente possível e você, Amanda, já deu o ponta pé inicial.
Agora é bola prá frente. Vamos fazer esse gol...