terça-feira, 12 de maio de 2009

Cumprir o estabelecido

Desde o início do ano letivo, no primeiro contato com os pais dos meus alunos, combinamos os dias e os horários da semana em que poderia recebê-los, para quaisquer necessidades e/ou conversas, referentes aos filhos deles. Entreguei-lhes os horários em que estaria disponível em cada dia da semana. Tudo combinado, acordado, consensuado e sem nenhum questionamento. Só que os pais não cumprem esse acordo! E a escola permite o não cumprimento...
Então, em nome dessa mania brasileira de querer dar um "jeitinho" prá tudo e de não valorizar o cumprimento de regras, acordos, leis, etc, tudo pode acontecer...
Só neste ano letivo, tive vários embates com as mães de alguns alunos, que descumprindo o que fora acertado em reunião, procuraram-me durante o horário em que dava aulas e, na porta da sala, pediram-me explicações, para as quais necessitaria de, no mínimo, 1h de conversa ou mais.
Como já disse, a escola permite, não faz funcionar os horários estampados na portaria, os pais insistem, mesmo sabendo que estão fora do horário adequado e o professor se vê de repente, sozinho, frente a frente a pais muitas vezes enfurecidos e querendo tirar satisfações de fatos, para os quais detêm a versão do filho e a predeterminação de dar crédito a ele...
Encerrei mal a semana passada porque cedi à pressão de uma mãe que chegou à escola às 11h, querendo conversar comigo sobre o filho. Quando retornei à sala, 10min depois, encontrei-a em pé-de-guerra; bolinhas de papel voavam para todos os lados, ninguém permanecera fazendo a atividade de Língua Portuguesa interrompida por eles no momento em que pus os pés fora da sala.
Fiquei brava, briguei, cobrei deles responsabilidade para com o término do exercício que os deixara fazendo; só dispensei a turma, 10min após o sinal de término das aulas daquele dia e após a entrega da atividade realizada por eles.
Iniciei mal esta semana! Como consequência dos fatos narrados anteriormente, uma das mães não gostou do "castigo" dado à filha, achando injusto que ela pagasse pelo que não fizera (opinião da mãe).
Mantive minha posição quanto ao castigo à turma, "bati-boca" com essa mãe na porta da sala-de-aula, na presença de todos os alunos e de alguns outros funcionários da escola.
Erramos todos. Eu por ter me envolvido numa discussão inútil e feia, a mãe por ter me procurado fora do horário combinado e a escola, que mais uma vez, não controlou a entrada dos pais...
Um desgaste só! Até quando?!

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