quarta-feira, 7 de julho de 2010

Explosão de sentimentos

O professor é provavelmente o único profissional que pede licença ao seu público-alvo para trabalhar. Ele está ali para cumprir um papel profissional, tem metas e objetivos a realizar, programa de ensino a desenvolver e, no entanto, todos os dias, precisa "pedir licença" aos alunos para fazer a aula planejada.
Os pais, nossos patrões, contratadores do nosso trabalho, entregam-nos os filhos e durante todo o ano letivo raramente aparecem espontaneamente para verificar se o nosso trabalho com e para os filhos deles está a contento. Nunca se interessam, não questionam e quando são convocados pela escola que já não sabe mais o que fazer com o filho/aluno que não quer estudar, que briga o tempo todo, que desacata a quem quer que seja,se satisfazem em passar para a escola a responsabilidade por aquele comportamento destemperado do filho, quando não dizem assim: "Oh! Dona. Pode bater nele, põe de castigo! Tira o recreio dele... Eu também não sei o que fazer com esse menino".
Como o professor não é psicólogo, não é assistente social, não é médico e muito menos mágico, fica o dito pelo não dito e o embate árduo, insano entre professor aluno se perpetua em sala de aula, todos os dias! Até quando?

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