quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Despedida de 2011

Mensagem

ODE 
de Ricardo Reis


"PARA SER GRANDE, sê inteiro 
             Nada teu exagera ou exclui
Põe quanto és no mínimo que fazes
Pois se em cada lago a lua toda
             Brilha, é porque alta vive".


Fernando Pessoa


Feliz Natal e um Ótimo 2012!!!...


quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Eleição de diretores das Escolas Municipais de BH

Desde 1989 que a Prefeitura de Belo Horizonte delegou à cada Comunidade Escolar do Município a responsabilidade de eleger o diretor e o vice diretor das escolas municipais da cidade.

De lá para cá, algumas mudanças nos critérios dessa escolha foram feitas, porém na essência, até o momento, tudo continua como dantes, com um agravante: as mudanças que se fizeram no processo de escolha dos diretores da Rede Municipal, a meu ver, pioraram o modo de escolha.

Senão, vejamos: 1989 - voto universal da Comunidade Escolar (Pais, alunos acima de 16 anos, professores e funcionários - todos tendo o mesmo peso); inscrição das chapas que poderiam ser formadas desde que seus integrantes tivessem um mínimo de dez anos de serviços prestados na escola onde trabalhavam; campanha eleitoral nos mesmos moldes das campanhas político-partidárias ( distribuição de "santinhos", comícios pela comunidade, debates entre as chapas concorrentes, apresentação de um plano de gestão administrativa e pedagógica e isso tudo e alguma coisa mais tinha início um mês antes da eleição. Duração do mandato de dois anos, permitida uma segunda recondução, por mais dois anos.

O que se tem hoje em matéria de escolha dos dirigentes das escolas municipais de BH?

Candidatos oriundos das próprias escolas; uma semana de "propaganda" das chapas, que consiste em apresentar uma proposta de trabalho "ditada" pela Prefeitura, ou seja, todas as chapas apresentam basicamente o mesmo discurso; não há o debate interno (com os professores e os funcionários das escolas) e nem o externo, com os pais dos alunos; não há o cadastro do votante, basta que ele leve um documento de identidade e que tenha seu nome  na listagem de eleitores daquela escola; o voto continua tendo o peso universal, ou seja, há grande possibilidade da chapa ser eleita pelos pais dos alunos e contar com a rejeição dos professores e funcionários da escola, pois o número de pais votantes é infinitamente superior ao  dos trabalhadores dos estabelecimentos de ensino.

Teoricamente isso seria ideal, já que todos  da escola são "funcionários" dos pais. Porém, vivemos no Brasil e estamos  longe de atingir o patamar de interesse do brasileiro pela educação formal que é ministrada nas escolas. A todos, infelizmente, não interessa o ensino de qualidade e sim um lugar para deixar os filhos enquanto os pais trabalham.

Portanto, após uma semana insana, quando tudo aconteceu simultaneamente, (campanha, recuperação paralela, provas sistêmicas do SIMAVE, aulas normais, encerramento do semestre letivo,etc, etc...) eis que temos nova direção para o triênio 2012/2014, renovável por mais três anos consecutivos.

Apesar de tudo, estou otimista. A chapa vencedora da minha escola deverá fazer uma boa administração. Acredito nisso. Então, que venha 2012...