segunda-feira, 21 de março de 2011

Eduação em pauta

Vocês já perceberam como o tema EDUCAÇÃO ESCOLAR está, finalmente, entrando na pauta da grande mídia? No ano passado o programa "Fantástico", da Rede Globo, dedicou alguns domingos, no destaque a uma turma, do Rio de Janeiro, escola pública, de final do Ensino Fundamental, se não me engano.
Acompanhou cinco alunos da turma, durante todo o ano de 2010 e mostrou o desempenho escolar deles durante algumas aulas de "Língua Portuguesa"; mostrou, paralelamente, como esses alunos viviam em suas comunidades; seus desejos, interesses e comportamentos dentro e fora da sala de aula.
Achei interessante, pois mostrou, mesmo que superficialmente, como se dá o trabalho de ensino/aprendizagem, na prática, com todas as interferências no ambiente sala-de-aula e fora dele.
Agora, vemos a Globo News com um programa especial, num total de quatro, iniciado ontem, dia 20/03, às 20h30min. O enfoque foi, novamente, turmas "de verdade", do ensino Infantil e Fundamental. Gostei do que vi. Espero que mostrem também quando o trabalho não dá certo e os motivos do fracasso, sem cortes, sem edição.
É preciso "banalizar", no bom sentido, o trabalho pedagógico que acontece, diariamente, nas milhares de escolas públicas e particulares do Brasil.
É preciso que a grande mídia mostre aos pais o quanto a participação efetiva deles no trabalho pedagógico, que é desenvolvido pelas escolas com e para os filhos deles, depende do interesse e do acompanhamento, em casa  e na escola, desses pais.
É preciso mostrar a todos quantos são os professores e os alunos dedicados, interessados, motivados a ensinar/estudar/aprender e, muitas vezes, devido às várias interferências, que poderiam ser evitadas e/ou atendidas de uma outra forma, numa outra situação, derrubam, quase sempre definitivamente, o que poderia ser um bom resultado pedagógico.
A Rádio CBN também está levando ao ar, todas as segundas-feiras, no horário de 13h,  dentro do programa "CBN-BRASIL" ancorado pelo jornalista Carlos Alberto Sardemberg, um quadro denominado "Missão Aluno".
Na oportunidade são discutidos assuntos da Educação Brasileira: dificuldades, características do alunado e do professorado, tanto das escolas particulares quanto das escolas públicas.
Fico contente.
Penso que enquanto a sociedade brasileira não se interessar pelo tema "Educação Escolar" como se interessa pelo futebol e pelo carnaval, nossas dificuldades nessa área não serão sanadas. E a imprensa pode e deve fazer esse papel de irradiadora e de fomentadora desse interesse.
Avante, Brasil!

quarta-feira, 9 de março de 2011

O MUNDO GIRA, SABIA?!

Há vinte, trinta anos a PBH fazia o calendário escolar da RME e as escolas  o seguiam sem questionar. No final dos anos oitenta, início dos noventa, com o advento da "democracia nas escolas": eleição direta para diretores , fim da "supervisão pedagógica", eleição por seus pares dos "coordenadores escolares", fim da seriação e implantação dos "Ciclos de Formação do Aluno", passamos nós, "Comunidade Escolar", (professores, alunos, funcionários, direção e pais dos alunos) a nos ocuparmos do "Calendário Escolar". À Prefeitura cabia somente determinar o início e o fim do ano letivo; à Comunidade Escolar, em Assembleia, competia definir, conforme legislação federal, o total de dias letivos e de dias escolares a serem cumpridos pelas escolas da RME. Cada escola definia o seu calendário incluindo-se aí os famosos recessos escolares. A "Semana do Professor", vulgo "Semana do Saco Cheio", veio dessa época e permanece ainda hoje.
Com o tempo,  novos políticos e consequentemente novas políticas e muitas, muitas avaliações de desempenho pedagógico dos alunos  depois, descobriu-se que a RME mergulhara no caos da desorganização e falta de rumo.
Então, novas ordens: nada de "subir horário" quando falta professor e mandar o aluno pra casa mais cedo; nada de professor eventual para suprir as constantes faltas de professores ao serviço; nada de tempo para reuniões ( estéreis ) pedagógicas; nada de dispensar o aluno mais cedo sob qualquer alegação...
Agora, o que está em voga é: planejamento do trabalho com base na "Matriz Curricular da PBH"; desenvolvimento das CAPACIDADES/HABILIDADES dos alunos; nada de "perder tempo" com questões de indisciplina do aluno; o foco é no PEDAGÓGICO. É prá isso que a escola serve. A ESCOLA ensina e o ALUNO aprende.
Ufa! Até que enfim! Será?!
Quem foi que descobriu o BRASIL?!...
Ah! O Calendário Escolar? Está nas "mãos" da PBH outra vez, uai! E de quem mais, não é mesmo?