terça-feira, 20 de julho de 2010

Formação Continuada

Fiz, hoje, minha inscrição para participar do " I Congresso Brasileiro de Alfabetização, Letramento, Leitura e Produção de Textos". O Congresso acontecerá nos dias 23 e 24 de outubro, em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Os palestrantes serão:
Ana Maria Kaufman - da Argentina;
Alessandra Latalisa (DOCA) - MG;
Fernando Capovilla - SP;
Geraldo de Almeida - PR;
Leda Maria Braga Tomitch - PR;
Lucília Panisset - MG;
Maria Cecília de Oliveira Micotti - SP;
Mariângela Stampa - RJ;
Roxane Rojo - SP;
Sandra Bozza - PR;
Sílvia Gasparian Colello - SP;
Simaia Sampaio - BH.
O destaque do Congresso é de Ana Maria Kaufman, por ser, acredito eu, a presença internacional.
Ela é da Argentina. Pobres de nós tupiniquins!
Na conferência de abertura haverá a abordagem do tema: alfabetização, distúrbios de aprendizagem ou equívocos de encaminhamentos metodológicos.
Professora há mais de trinta anos que sou, aposto nos "equívocos de encaminhamentos metodológicos". Ao término de uma pós-graduação em "Leitura e Produção de Textos" tive a oportunidade de fazer uma pesquisa de campo em cinco escolas da Rede de Ensino na qual atuo e pude constatar que os professores alfabetizadores atuais dominam teoricamente o que é ler/escrever, mas desconhecem ou não adotam qualquer metodologia de ensino que organize minimamente o processo ensino aprendizagem da leitura e da escrita em seus trabalhos diários.
Algumas se disseram até orgulhosas por não seguirem nenhum método de alfabetização dizendo que o método que seguem é o delas próprias, e/ou que fazem uma mistura de todos eles ao "bel prazer".
Desconfio de que, não por acaso, os alunos apresentem tantas defasagens nos seus processos de ler/escrever.
Enfim, vamos ao Congresso! E por conta própria. Isso é Brasil...











quarta-feira, 7 de julho de 2010

Explosão de sentimentos

O professor é provavelmente o único profissional que pede licença ao seu público-alvo para trabalhar. Ele está ali para cumprir um papel profissional, tem metas e objetivos a realizar, programa de ensino a desenvolver e, no entanto, todos os dias, precisa "pedir licença" aos alunos para fazer a aula planejada.
Os pais, nossos patrões, contratadores do nosso trabalho, entregam-nos os filhos e durante todo o ano letivo raramente aparecem espontaneamente para verificar se o nosso trabalho com e para os filhos deles está a contento. Nunca se interessam, não questionam e quando são convocados pela escola que já não sabe mais o que fazer com o filho/aluno que não quer estudar, que briga o tempo todo, que desacata a quem quer que seja,se satisfazem em passar para a escola a responsabilidade por aquele comportamento destemperado do filho, quando não dizem assim: "Oh! Dona. Pode bater nele, põe de castigo! Tira o recreio dele... Eu também não sei o que fazer com esse menino".
Como o professor não é psicólogo, não é assistente social, não é médico e muito menos mágico, fica o dito pelo não dito e o embate árduo, insano entre professor aluno se perpetua em sala de aula, todos os dias! Até quando?