terça-feira, 21 de abril de 2009

Cotidiano

"Todo dia ela faz tudo sempre igual/ me sacode as seis horas da manhã"... já dizia, ou melhor, já cantava/canta Chico Buarque de Holanda. Pois é, escola também é assim: rotineira, previsível, cotidiana, igual há séculos!Ou seja,todos os dias acontecem fatos previsíveis: chegar ao trabalho, receber os alunos, ocupar o espaço sala de aula, seguir o horário das aulas, dar sequência ao ensino anterior... Mas a rotina, o previsível param por aí. Isto porque a escola é feita de uma "rotina dinâmica", se é que se pode dizer assim, forjada no resultado da relação entre pessoas . Os resultados pedagógicos de tudo o que foi planejado e definido em metas a serem alcançadas, dependem do subjetivo, do estado emocinal, motivacional e orgânico de cada um dos sujeitos envolvidos no processo.
Às vezes o professor está super-motivado a desenvolver determinado trabalho com os alunos e estes, por vários motivos, não se empolgam, não se mobilizam e/ou vice-versa.
Então, o jeito, no caso do professor, é valer-se do currículo, ou do livro didático, ou de algum outro recurso que a escola tenha. Nada disso, porém, é garantia de que o transcurso e o final daquele dia escolar será de satisfação, tanto de professores, quanto de alunos.Lidamos com o imponderável! É comum estarmos totalmente motivados e envolvidos com determinado projeto e por motivos não previstos ele, de repente, desanda, vai por água abaixo, deixando um gosto insuportável de frustração na alma de todos.
Assim somos nós, professores, alunos e todo o ambiente que permeia o ato de ensinar/aprender: voláteis, imprevisíveis, inconstantes, inseguros, incompletos...Humanos, enfim.

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